A partir de 2002, a profissional do sexo passou a ser incluído na Classificação Brasileira de
Ocupação (CBO) do
Ministério do Trabalho e Emprego. Para a Rede Brasileira de Prostitutas,
este reconhecimento está entre as principais conquistas da categoria nos
últimos anos.
O sistema
legal adotado no País para essa categoria de trabalhadoras é o abolicionista,
que define a prostituta como uma vítima que só exerce a atividade por coação de
um terceiro, o "explorador" ou "agenciador". Por isso, a
legislação pune o dono ou gerente de casa de prostituição, e não a prostituta.
·
O
sistema legal em vigor no Brasil define a profissional do sexo como vítima e
criminaliza o “agenciador” ou dono de casa de prostituição
Existem
outros dois tipos de sistemas legais no mundo. A legislação reconhece a
profissão sob algumas normas como a de que a prostituta deve se submeter a
exames periódicos e só exercer a atividade em locais determinados.
Esse
sistema permite a consolidação de um contrato de trabalho, seguridade social e
garantias legais. Uruguai, Equador, Bolívia entre outros países sul-americanos
adotam esse sistema, assim como Alemanha e Holanda. E há o proibicionismo, que
é adotado por poucos países, entre eles, os Estados Unidos. Nesse sistema a
prostituição é considerada crime.
Também
desde 2002, a Coordenação Nacional de DST/Aids,
do Ministério da Saúde, lançou aCampanha“Sem
vergonha, garota. Você tem profissão”, com o objetivo de conscientizar as
profissionais do sexo sobre a importância da prevenção com relação às Doenças
Sexualmente Transmissíveis e à Aids.
De acordo
o Ministério da Saúde, até junho de 2011, o Brasil teve 608.230 casos
registrados de Aids (condição em que a doença já se manifestou). Atualmente,
ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas
essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Em 1989, a proporção era de 6
casos de Aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2010,
chegou a 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres.
Pesquisa
nacional realizada pela Coordenação Nacional de DST/Aids, em parceria com a
Universidade de Brasília (UnB), revelou que a incidência de Aids entre
profissionais do sexo caiu de 18%, em 1996, para 6% em 2002.
As
brasileiras estão entre as maiores vítimas do tráfico de pessoas para a
exploração sexual, segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e
Crime (Unodoc). As mulheres jovens, entre 18 e 21 anos, solteiras e
de baixa escolaridade são o principal alvo das redes internacionais de tráfico
de seres humanos que atuam no País. Os principais destinos são os Estados
Unidos, Portugal, Espanha e países de língua latina.
Só em
2005, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
2,4 milhões de pessoas no mundo foram vítimas de tráfico. A maior parte (43%)
foi explorada sexualmente. Ainda, segundo a OIT, o tráfico de seres humanos
atinge anualmente lucro de cerca de US$ 30 bilhões. Os países desenvolvidos são
responsáveis pela metade desse valor.
Onde buscar apoio:
Central
de Atendimento à mulher: 180
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