Por: Elizabeth Misciasci
A discussão é entre as
doenças mentais (transtornos de humor - comportamento violento), personalidade
anti-social que leva ao suicídio ou homicídio. A crescente prosperidade
material no mundo, até hoje, é acompanhada por um crescente número de suicídios
e assassinatos. Quanto ao alcoolismo e o uso de drogas, não há dúvidas de que
seja um sintoma de instabilidade mental e emocional e que levam a
autodestruição do indivíduo. Enfim, Transtornos em geral.
Vale enfatizar que, o assassino passional raramente se arrepende, isto poderá
ser constado quando passarmos ao estudo dos casos concretos. Geralmente estes
matadores eventuais são, em sua maioria, homens, mas também existem mulheres
que cometem este tipo de delito, por terem uma personalidade extremamente
vaidosa, serem pessoas ciumentas, possessivas e inseguras, e além de tudo isso
existir a falta de amor próprio. Afinal, como bem diz um jargão popular
“ninguém é de ninguém”, e cabe a cada um se conformar com uma perda.
Para algumas pessoas a traição ou
fim do relacionamento os leva a tentar destruir seu objeto de desejo, isto está
diretamente ligado com a personalidade de cada um e sua carga cultural.
Raramente podemos prever que alguém matará, principalmente diante de tais
circunstâncias.
No entanto, as mulheres costumam
ser mais resistente e quando traídas a maioria perdoa ou tenta o suicídio,
pois, historicamente, a educação lhes dá mais tolerância. No entanto, quando
cometem este tipo de crime às vezes são mais cruéis que os homens. Quem nunca
ouviu falar numa mulher traída que jogou água quente no ouvido do marido quando
o mesmo estava dormindo ou cortou o seu órgão genital?
Leon Rabinowcz explica bem o
aludido acima:
a mulher traída nem sempre se vinga sobre o marido ou sobre
sua cúmplice. Com freqüência perdoa, por vezes suicida-se de
desespero, quando se vê abandonada para sempre, mas quando toma o partido de se
vingar, a sua vingança é atroz. É um traço característico da psicologia da
mulher. Exasperada, passa a ser um monstro de ferocidade, que só respira
vingança e só pensa em submeter a sua vítima aos mais atrozes sofrimentos. São
verdadeiras especialistas da dor24.
Um exemplo real de uma homicida passional mulher e bastante cruel é o caso de
Neide Maria Lopes, que ficou conhecida como a “Fera da Penha”, que em 06 de
junho de 1960, para vingar-se do amante, apanhou a filha deste no colégio, uma
menina de apenas 04 anos de idade, e após andar a esmo por vários locais, a
levou a um terreno baldio, localizado em frente ao Matadouro da Penha, onde lhe
deu um tiro na cabeça e, em seguida, com a criança ainda viva, derramou-lhe
álcool sobre o corpo e ateou-lhe fogo. Foi condenada a uma pena de 33 anos de
reclusão.25
Mas, vale ressaltar que os homens
são tão ciumentos quanto as mulheres, e, que em alguns casos também utilizam-se
da perversidade.
Um outro exemplo real de crime
passional cometido com requintes de crueldade, só que desta vez por um homem,
foi o caso daquele marido que, na Guanabara, em 1998, num acesso de ciúme,
amarrou as mãos e os pés da esposa, colocou esparadrapo na boca e, em seguida,
sem que ela pudesse fazer qualquer movimento de defesa, após arrancar-lhe a
roupa, deslizou um ferro de passar em brasa, sobre toda a pele do seu corpo,
até que ela, inteiramente queimada, veio a morrer26.
Enfim, a partir de tudo o que foi
dito, conclui-se que não existe uma caracter