O contrato só deve ser assinado no fim de janeiro, mas o projeto que a Prefeitura de São Paulo fez para receber o UFC no estádio do Pacaembu, no dia 16 de junho, já está pronto. A ideia dos organizadores é montar o octógono no centro do gramado e cercá-lo de assentos. E para não prejudicar o campo, a Prefeitura irá contar com a equipe que monta os palcos da banda irlandesa U2.
“As pessoas que virão montar a estrutura são as mesmas que fazem o show do U2 pelo mundo. Eles são muito experientes. Lembro que um show recente no Morumbi prejudicou o gramado e o São Paulo precisou de uma semana para recuperá-lo, mas queremos fazer de um jeito que a grama não sofra tanto. O octógono é montado praticamente no dia da luta e a grama será descoberta assim que acabar o evento”, contou Bebetto Haddad, secretário de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo.
Segundo ele, a expectativa da Prefeitura é receber entre 30 e 40 mil pessoas. “O octógono será montado no centro do gramado e colocaremos as cadeiras ao redor. Ainda não discutimos mais detalhes técnicos, mas esse é o planejamento.”
O horário das lutas é um dos pontos ainda discutidos por organizadores e prefeitura. Diante da ameaça da associação de moradores da região, a ONG Viva Pacaembu, sobre possíveis infrações em horários e volume do som, o secretário afirma que o público não será acima de 40 mil pessoas (número máximo em jogos de futebol) e que o evento terminará no início da madrugada.
“No Rio de Janeiro o UFC foi terminar depois das 3h, mas aqui terminará por volta da 1h, talvez um pouco antes ou um pouco depois. E o público é mais silencioso, não existe aquela disputa entre torcidas para ver quem grita mais alto”, argumentou.
Morador de região próxima ao Pacaembu, Bebetto Haddad, contudo, pede a compreensão dos moradores. Segundo ele, em breve o estádio receberá menos jogos de futebol e por isso será necessário obter novas fontes de receita para manter sua estrutura funcionando. Mensalmente, a Prefeitura gasta mais de R$ 400 mil para cuidar do estádio municipal.
“Em breve teremos a arena do Palmeiras e o estádio do Corinthians. Se não tivermos novas receitas e imaginação para trazer recursos, o Pacaembu ficará abandonado. O Pacaembu precisa ver a realidade. Queremos preservar o bairro também, mas é necessário fazer concessões. Do contrário, será difícil imaginar o futuro do Pacaembu”, completou o secretário.
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